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30 de out. de 2013

Como se apresentar numa entrevista de emprego


De repente você tem uma oportunidade na empresa dos seus sonhos, para fazer aquilo que sempre quis. Este é um momento crucial na vida de qualquer pessoa. Mas como se apresentar na entrevista? E como se comportar para ganhar a vaga tão sonhada? Bom, existem muitas variáveis neste processo, então vamos ajudá-lo considerando cinco dicas fundamentais:

1 – Analise antes o perfil da empresa

Leve em consideração a filosofia e os valores que ela defende. Sua cultura no mercado também é um ponto importante a ser analisado. Busque todas as informações que puder nas mídias, nos materiais de divulgação, site e redes sociais. Isto irá ajudar a traçar um diagnóstico muito importante, para que a sua apresentação esteja em sintonia com os ideias propostos pela empresa. Faça o entrevistador perceber que você já é um deles.

2 – Leve sempre com você um portfólio

Ter o currículo em mãos pode não ser suficiente. Cada vez mais os recrutadores querem ver provas da sua capacidade. Por isso, levar uma amostra real do seu trabalho é muito bom, pode ser um case de sucesso, uma peça campeã ou um projeto que comprove toda sua eficiência profissional. Assim ficará claro a não dependência de um currículo bem escrito, mas incapaz de comprovar algo ao seu respeito. Caso seja difícil conseguir um trabalho matador para mostrar, por questões de confidencialidade, crie um trabalho paralelo semelhante, apenas para mostrar sua capacidade criativa e inovadora.

3 – Cuidado com as expressões exageradas 

Alguns clichês são nocivos para a sua avaliação. Evite expressões como: sou apaixonado por...; amo o que faço; isto é a minha vida; ou, sou extremamente comunicativo; minha equipe de trabalho é a minha família; meu comprometimento é absoluto; etc. Nada disso irá ajudar. E o recrutador pode entender que você está tentando ganhar no grito. Fale tranquilamente, com segurança e conhecimento de causa, pois quem está entrevistando quer ver mesmo é o brilho nos olhos, mais do que ouvir palavras. Seja honesto em seus argumentos e não tenha medo de errar. Mostrar algumas fraquezas, comuns a todos os seres humanos, revela a sua disponibilidade em aprender.

4 – Sua postura diz muito a seu respeito

Um sorriso, um bom aperto de mão e um corpo leve e solto não faz mal a ninguém. Lembre-se, a simpatia chega antes da produção. Ou seja, se apresentar como modelo de passarela só vai ajudar se você estiver bem à vontade. Nada de braços cruzados, roupas decotadas ou muito curtas, ombros arriados e testa franzida. Mostre para todos que aquele é um dia especial em sua vida. Uma empresa sempre quer alguém disposto, alegre e bem resolvido.

5 – Comporte-se de acordo com o perfil da entrevista

Cada entrevistador tem uma personalidade, uns são descontraídos e outros formais. Você deve observar com atenção e dançar conforme a música. Isto é flexibilidade, pois ele também já analisou muitas coisas a seu respeito. E pode estar testando a sua capacidade de se adaptar aos diferentes. Desta forma ele mede seu grau de relacionamento com a equipe. Evite bater de frente, com ar de superioridade, já que nenhuma empresa quer contratar um manifestante.

Pronto, agora você já pode enviar o seu currículo para aquela empresa que tanto deseja. Ou pedir ao amigo do grupo de network para conseguir uma entrevista. Afinal, você está preparado para o que der e vier, sem medo de ser feliz em uma carreira de sucesso. Ou há controvérsias?

5 de set. de 2013

Como lidar com reclamações de cliente online


As reclamações online crescem a cada dia com índices alarmantes. Será que as empresas estão errando mais? Será que as pessoas estão mais conscientes dos seus direitos? Será que a facilidade de acesso aos meios digitais é a causa deste boom? Estas respostas não são tão importantes quanto saber lidar com as reclamações.

Uma reclamação online representa a hora da verdade. Você pode permitir que ela seja uma ameaça ou transformá-la em oportunidade. É a hora de comprovar se a empresa está realmente comprometida com o cliente, ou não. Hoje em dia as pessoas têm muitos lugares para reclamar além dos canais tradicionais. A internet é um campo livre para isso e ninguém perde a chance de botar a boca no trombone. Sem contar o alcance exponencial que uma reclamação pode atingir em questão de horas, graças às redes sociais.

Portanto, permitir o efeito negativo de uma reclamação ou aproveitar a ocasião como algo positivo, depende de você. De como você vai interagir com quem reclama e, principalmente, o que a empresa pode oferecer ao cliente neste momento. Mas é claro, para conseguir agradar o cliente insatisfeito, você precisa observar alguns pontos muito importantes. Vamos ver como todos podem se sair bem neste processo?

Encare o fato com naturalidade

Reclamar é um direito do consumidor, por isso, respeitar este direito é o princípio de um bom relacionamento. Fique calmo, ouça tudo que o cliente tem a dizer, e mesmo que ele se exalte, aja com tranquilidade e naturalidade. Do contrário, a situação vai ganhar uma proporção ainda maior e você pode perder o controle da situação. Lembre-se que todo contato de reclamação esconde uma expectativa maior que a própria solução do problema, ou seja, antes de qualquer coisa, o cliente quer ser bem tratado.

Seja rápido e conheça sobre o assunto

Cada reclamação tem uma característica particular, tanto pela natureza do produto ou serviço quanto pelo estado emocional de quem reclama. Então, cada resposta também tem que ser única, com o máximo de personalização. Evite as respostas prontas e procure ser rápido na solução do problema.

Porém, em nome da agilidade, não ofereça respostas que você não tem certeza. Se não domina o assunto, procure alguém que sabe. Enquanto isso, tranquilize seu cliente e diga que estão trabalhando na melhor solução do problema. Às vezes, demorar algumas horas, ou até dias para responder, pode ser mais útil do que responder na hora e errar. Falar com segurança e clareza também é um ponto determinante para gerar confiança.

Certifique-se da satisfação do cliente

Antes de encerrar o contato, pergunte se ele ficou satisfeito com a resposta, caso ele ainda não esteja totalmente satisfeito, pergunte do que mais ele precisa. Mesmo após a solução do problema é importante retomar o contato e receber um feedback. Dias depois da reclamação e da solução do problema, o cliente pode ter algo mais a revelar.

Mesmo que não tenha mais nada a acrescentar, o cliente ficará muito grato e se sentirá importante por ter sido lembrado. A empresa, por sua vez, demonstrará o seu comprometimento e fidelidade a este cliente. Uma relação duradoura acaba de nascer e ambos os lados só têm a ganhar com isso.

Use ferramentas para evitar novas reclamações

Existem muitas ferramentas gratuitas ou pagas que podem ajudar você a evitar novas reclamações. São as ferramentas de monitoramento e alertas. Elas podem ajudar a prever crises, monitorar palavras específicas, criar alertas e avisar se a sua empresa está sendo bem ou mal falada na internet. Com essa ajuda é possível fazer relatórios e traçar um perfil diagnóstico das marcas. Depois, você deve juntar todos os relatórios e criar estratégias para evitar novos episódios negativos. Isso vai melhorar a imagem da empresa, que consequentemente reconhecerá o seu bom trabalho.

Está diante de uma reclamação? Fique tranquilo.
Agora você já sabe o que fazer.

*Texto escrito originalmente para participar de uma concorrência freelancer (ainda sem resposta).

29 de jul. de 2013

Mudar o mundo

Uma opinião é válida quando permite que outra venha ao encontro para questionar, somar, filtrar ou controverter, mas, definitivamente, uma coisa não pode ser tolerada hoje em dia, o desrespeito público à liberdade alheia, seja este desrespeito manifesto por palavras, atos ou gestos.

Não vou pegar carona na popularidade do Papa em sua visita ao nosso país, pois isso apenas repercutiria o que muitos já falaram e, com certeza, minha fala amadora seria menos relevante que as matérias profissionais. Também não vou condenar os manifestantes contrários à JMJ (nomeadamente a marcha das vadias), já que isto seria muito fácil, pois eu sou católico e tenho um repertório de milhões de fiéis estudiosos ou não que falam a meu favor, eu seria só um papagaio a defender meu ponto de vista com afirmações de outrem em novas roupagens interpretativas, isso sem contar que até pessoas contrárias à Igreja enojaram tais manistações vadias.

Então, me restou apenas uma coisa para preencher este espaço, vou escrever sobre contradição, hipocrisia e mediocridade.

Contradição é quando uma pessoa (incoerente) proclama uma antítese daquilo que acredita, acreditando estar fazendo a coisa mais correta que existe, ou seja, por um descuido de planejamento racional ou intelectual, acaba falando algo que contradiz sua própria luta, até o ridículo de se autocombater, como uma espécie de manifesto autoimune fadado ao fracasso e semelhante à expressão popular: pobre coitado...cava ele(a) a própria cova.

Já a hipocrisia tem diversas vertentes interpretativas que podem ser aplicadas em diferentes circunstâncias e ambientes de convívio social, mas, frequentemente, talvez na maioria das vezes, esta palavra é aplicada ao ambiente religioso e ideológico. Em suma, hipócrita (manifestante de fingidas virtudes) é aquele que não tem vergonha de ser pego fazendo aquilo que condena. Claro, quando sua percepção tem condições de compreender que está factualmente distante de seus discursos (do contrário, o coitado nem percebe), aqui, diga-se de passagem, discursos capazes de cobrar do outro um peso e uma medida jamais antes por ele(a) testemunhados.

E medíocre é todo aquele que atinge um patamar qualitativo que lhe confere o rótulo, por ele mesmo nele estampado, de ser chamado e reconhecido como “desprezível”. Ainda que muitos o prezem, nada mais são, unidos, do que um monte desprezível de seres medíocres, sofríveis e vulgares. Bradam ferozes e sem limites, atropelando tudo e todos. Nunca conquistaram nada em suas vidas e tão pouco construíram algo pelo que se vale a pena investir credibilidade, mas odeiam sem razões racionais os grupos que pensam diferente e hoje ocupam um certo lugar de evidência e relevância na sociedade (não obstante as contrariedades causadas para ocupar estes espaços, ainda assim é preciso ter conquista semelhante para poder combater).

Não quero atribuir estas palavras a ninguém, mas quando uma pessoa se levanta contra a liberdade da outra, liberdade essa, aliás, por todos defendida aos gritos, soma as três categorias acima em si mesma, transformando-se em tudo aquilo que ele combate e materializando o atroz desrespeito com o qual nunca quer ser tratado.

Isto foi o que refleti durante os últimos dias, percebi que muitas vezes fui contra o que acredito por me outorgar o direito ilícito de determinar modo de vida ao outro, esquecendo que se não há liberdade não há adesão pura. E toda discussão é vazia se ambas as partes não estão dispostas a escutar seriamente e sem alienações subjetivas a verdade que rege a vida do outro, considerando suas causas reais e sinceras circunstâncias.

Desejo que este texto seja um norte para minhas relações e ajude-me a ser mais coerente com o que acredito, ao ponto de permitir ao outro questionar-me livremente sem ser punido com o distanciamento do meu respeito e bons tratos. Mas desejo também que o leiam os fieis das denominações religiosas e das religiões, que o leiam os de opção homossexual, as feminista, os espiritualistas, os ateus, os que não estão em nenhum desses grupos e os que trafegam por todos eles...

Quem sabe possamos inaugurar uma cultura de real liberdade, respeito e convivência harmoniosa, como uma unidade na diversidade. Construída por meio de discussões maduras onde a “opinião” não seja um “pseudo-deus” pelo qual mato e morro sem nenhum proveito, mas seja um elemento de desenvolvimento humano que permita a todos uma vida feliz e livre.

A vida é mais que um octógono de opiniões e mudar o mundo exige mais força pacífica do que podemos imaginar.

23 de jul. de 2013

Quem ama vive menos

É quando o amor por alguém chega e domina que a vida parece ser mais curta, pois há um imenso desejo de estar sempre junto de quem se ama e nenhum tempo é suficientemente bastante para saciar este desejo.


Por isso dá para aceitar que quem ama tem vida curta, mas quem não ama tem tempo de sobra para viver correndo atrás do que vale menos. Já dizia Cora Coralina“[...] sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela [...] seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”

O amor também arranca coisas que não queremos dar, filtra impurezas e alimenta os estímulos. Ele é o mistério, pois não pode ser explicado, e se não é explicado, não pode ser entendido, deve ser vivido, experimentado e agarrado para preencher os espaços vazios que ficaram das coisas que foram arrancadas. No fim, amor é alívio e tensão, descanso e constante dedicação. É um misto de sentimentos benditos, mas quando em atrito, é um mal a ser suportado. Já que ninguém ama impunemente.

Vivendo por dentro este gostoso paradoxo, Carlos D. de Andrade escreve: “Ainda que mal pergunte, ainda que mal respondas; ainda que mal te entendas, ainda que mal repitas; ainda que mal insista, ainda que mal desculpes; ainda que mal me exprima, ainda que mal me julgues; ainda que mal me mostre, ainda que mal me vejas; ainda que mal te encare, ainda que mal te furtes; ainda que mal te siga, ainda que mal te voltes; ainda que mal te ame, ainda que mal o saibas; ainda que mal te agarre, ainda que mal te mates; ainda, assim, pergunto: me amas? E me queimando em teu seio, me salvo e me dano...de amor.”

Como é bom saber também que o amor não acaba, não aquele amor rótulo de qualquer outro sentimento bom e forte, mas o amor mesmo, o de verdade. Um que não é paixão avassaladora, mas imersão sorrateira, não aquele sentimento de fogo na carne, mas aquele de incandescência suave. Algo pelo qual vale a pena lutar e enfrentar as consequências, ainda que a última consequência seja o fim da vida curta que temos, mesmo assim, não pare, não pare de amar; foi o que ensinou Helder Câmara“Não, não pares. É graça [...] começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa; manter o ritmo...Mas a graça das graças é não desistir. Podendo ou não podendo, caindo, embora, aos pedaços, chegar até o fim...”