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31 de dez. de 2011

Em 2012 o mundo vai acabar diferente - seja feliz!


Depois das especulações sobre o Armagedom, Apocalipse, Fim do Ciclo, Egípcios, Celtas, Hopis, Nostradamus e diversos profetas, Chineses e Budistas, WebBots, Cientistas e Religiosos, além do fabuloso calendário Maia, é hora de pensamento realista, ou seja, o mundo não vai acabar! Isso mesmo; seja otimista! Vamos parar de balela e aceitar que estas previsões vão e voltam circulando no tempo e na história sem nunca se concretizar de forma eficaz, mas elas não vem e vão em vão, porque existe algo de real para se crer dentro delas, sim, todas podem ajudar a acreditar que o que vai acabar é o mundo como conhecemos hoje.

Vai acabar o mundo nocivo a sim mesmo, patético de pessoas com consciência degenerativa, acabará também a falta de compromisso com o meio ambiente e todas as injustiças sociais, acabará a intolerância sobre as opções que se diferenciam umas das outras, porque são opções pessoais e cada pessoa é única em valores e escolhas, vai acabar a competição que faz vítimas de CPF e CNPJ, acabará a corrupção e a exploração humana de todo tipo, vai acabar toda guerra e acabará também o medo de ser feliz do seu jeito – haverá liberdade!

O mundo velho será implodido pela força das novas realizações humanas, mais altivas e altruístas, favorecidas pela tecnologia; pois é certo que uma coisa já acabou, acabou o limite e a dependência de tempo, lugar e espaço, para se comunicar expandindo novas ideias do oriente ao ocidente e vice-versa. Sim, o mundo vai acabar, mas somente neste seu formato velho, dando espaço para que reine a gloriosa sustentabilidade, coordenando a educação ambiental humana em todas as fases do processo de preservação das espécies e do planeta.

Ironia? Não! Desejo.

Mas entender que a sustentabilidade deve ser um estado cultural de vida, não uma força de planejamento estratégico ou racional que obriga você a alguma coisa, pode ser a melhor meta para se cumprir no ano novo.

Sinceramente quero que isso aconteça, acredito que você também. Mesmo sendo difícil acreditar com esperança nestes ideais, eles dependem muito mais de nós mesmos do que daqueles que tem certo poder sobre nós, e se mesmo assim, você ainda tem dificuldade de acreditar, dê a este sonho de “mundo novo” a mesma repercussão que teve o “fim do mundo” até hoje, então, verás do que somos capazes.

Se não é isso que você espera para 2012 – com todo respeito – o mundo acabará mesmo é com você!  Afinal, sem desejar o que é bom, vamos comemorar o que, porque e para quê?

Belo Ano Novo! Tudo de Bom! Seja Feliz!

25 de dez. de 2011

Feliz Natal de um extremo ao outro


Natal significa nascimento. Obvio! Mas nascimento de quem?

O Menino Jesus nasceu no dia de hoje. E um pouquinho dessa história todo mundo sabe, ou pelo menos lembra vagamente de palavras associadas a este nascimento, como: manjedoura, anjos, estrela guia e reis magos. Ele não entregava presente porque nasceu pobre, de família pobre e numa estribaria paupérrima emprestada, porém, recebeu os melhores presentes que se poderia dar a alguém naquela época (ouro, incenso e mirra de três magos, não do Noel). Então, todos que preservam o natalício do Menino Jesus, decidiram determinar uma data específica para comemoração, porque verdade seja dita, ele não deve ter nascido no dia 25 de dezembro, mas este foi o dia que o povo eclesiástico cristão convencionou comemorá-lo.

No outro extremo, com conceito comemorativo iniciado muito, muito tempo depois, vem o Bom Velhinho, mais popularmente conhecido como Papai Noel e em torno do qual, também gira uma considerável quantidade de explicações possíveis para o seu surgimento – não nascimento – dizem que surgiu da história de São Nicolau “popubanalizada”, outros dizem ser obra da Coca-Cola, e alguns ainda, como eu, dizem ter sido esta segunda que estilizou a figura do primeiro. Outra coisa bem perceptível é que em torno do velhinho gira uma considerável quantia em dinheiro. Diferentemente do “menino” nascido, o bom “velho” inventado é o oposto extremo daquele; não recebe, mas entrega presentes, não é visitado, visita seus adeptos e ao invés de ter nascido pobre e recebido glória, surgiu rico (presente custa dinheiro) e curiosamente terminou, na sempre suja chaminé.

Durante o curso do tempo, na tentativa de mesclar ambos os conceitos opostos na história, presenciamos verdadeiras aberrações, tentativas precipitadas de sincretismo e até conflitos entre os grupos de interesse de um e de outro. Como o mundo é o que é, e o dinheiro significa o que sabemos que significa, não sobrou muito espaço para o menino pobre neste tempo, ao pa$$o que , para o Papai do trenó encantado, todo espaço e atenção, inclusive dos defensores do pobrezinho dono da festa. No fim das contas, ou melhor, da comparação, podemos concluir: a única realidade em comum entre estes personagens, que o mundo faz esforço “antifísico” para que ocupem o mesmo lugar no espaço de 24h do dia 25 de dezembro, são os presentes. Presentes envolventes, envolvidos por papel e sentimentos, que recebemos e entregamos, assim nos assemelhando aos dois extremos de um Feliz Natal contemporâneo. Não?

Apesar de acreditar que ambos os estilos natalinos possam conviver em harmonia, existe uma música antiga que retrata bem o paradoxal conflito (1997):

Papai Noel Velho Batuta

Garotos Podres

Papai Noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Pobres, pobres
Mas nós vamos sequestrá-lo
E vamos matá-lo
Por quê?
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Aqui não existe natal
Por quê?
Papai Noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres
Presenteia os ricos
E cospe nos pobres



18 de dez. de 2011

O orgulho brasileiro de importar a crise



Desde que a crise matou a Grécia dos deuses imortais, assistimos dia após dia, a queda de país a país no “Bloco do Euro”, agora recebendo o epíteto irônico de “aglomerado do Erro”. O erro do Euro não está no propósito para o qual ele foi criado, tão pouco nos países aos quais ele serve, e sim, na mente opulenta dos homens públicos. Ou você não acha que houve compulsão nos gastos públicos dos países letrados e colonizadores, reconhecidos pelo pensamento elevado e cultura invejada. Pois é! E agora, o que vamos fazer? Dizem todos eles em suas reuniões intermináveis.

Parece que a resposta está aparecendo e ela ressalta o modelo econômico em si insaciável, a história do ser humano rico que espreita oportunidade no pobre, ganha proporções jamais vistas, e é retratada no espectro dramático das nações globais em decomposição, chamadas de: grupo dos países mais ricos do mundo. Será? Se sim; ricos de que? Só dinheiro basta? Não! É preciso moralidade na administração dos gastos, foi a ausência deste pressuposto governamental que faliu a Europa. Tudo bem, mas o que tem o Brasil haver com isso? Bom, digamos que o Brasil está indubitavelmente incluso no termo internacional, ou se preferir, global. E se estava no contexto durante aascensão, por que não haveria de estar na crise?

Quando voltamos o olhar para o Brasil, vemos um país que se gaba de seu aparente sucesso econômico com um discurso claramente impotente para quem enxerga à sua volta, enfim, agora o Brasil se orgulha de que o Fundo Monetário não o recebe mais como pedinte, mas o próprio rico internacional é pedinte dele. Será isto um real sucesso econômico ou o anúncio da próxima vítima do Serial Kapitaller? Pessoalmente vejo a tragédia anunciada, é uma pretensão ambiciosa dos que acreditam que desta vez vão acertar, sem perceber que estão cavando a mesma cova que outrora era a vitória da Europa, hoje falida e “falidora” de todos os outros. Nem todo erro acontece para permitir nova tentativa, alguns vem para esgotá-las, e denunciar que: outra vez errar o mesmo erro, sobretudo quando se tem uma referência de fracasso, deixa de ser natural passando a ser fatal.

Não quero falar mal do Brasil, não desmereço os acertos do país, mas convenhamos com maturidade, você não acha que tudo isso é um grande jogo de azar...para nós?


11 de dez. de 2011

Consciência sustentável no capitalismo?



Por trás do movimento Occupy Wall Street (OWS) ou Movimento dos 99% que vivem em extrema situação financeira, contra o 1% que detém quase toda a grana, existe mais do que apenas uma rebelião de jovens e outros indignados com o modelo social atual empregado pelas nações, existe uma manifestação implícita/explícita do basta que o próprio organismo social quer dar ao capitalismo, conforme ele se apresenta hoje, e dizer: vamos parar para respirar um pouco outro verde que não é dinheiro, vamos refletir, vamos avaliar se deu certo o pretendido que foi idealizado no início.

Este movimento se posiciona também contra a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial, os viciados em fazer dívidas para ostentar desenvolvimento e os inadimplentes inconsequentes diplomaticamente imunes. O OWS, apesar de combater outro tipo de ditadura, é uma nova roupagem da Primavera Árabe, nascido um pouquinho antes do inverno Norte Americano (um erro estratégico), observe-se porém, que a Primavera Árabe foi apoiada e até patrocinada pelos EUA e outros países correlatos, curiosamente o OWS não foi considerado digno da mesma reputação, nem mesmo nas redes sociais, diga-se de passagem, todas do mesmo país de origem do movimento e visivelmente mais comprometidas com os 1%.

Não quero fazer apologia ao OWS, nem mesmo em suas modalidades ramificadas pelo mundo afora, apenas tento ler nos fatos o efeito colateral da doença global criada nos laboratórios do capital. Na verdade é tempo de parar realmente, talvez, não para ocupar este ou aquele lugar, nem mesmo o prédio da reitoria, acredito na necessidade de uma ocupação em tempo integral, mas, com a formação da consciência de todos e de cada um, hoje reféns do atual modelo econômico das nações. Pois, afinal, nem os próprios filhos deste movimento contra o capital conseguiram sobreviver sem amamentar-se dele, e você tanto quanto eu, não podemos negar que somos adeptos de um movimento bem diferente do proposto pelo OWS, nosso movimento mesmo é: “ter e juntar mais dinheiro para gastar como quiser!”

Não? Duvido!

Seja sincero; a questão principal aqui é: Como ser um capitalista sem ser desumano? Então, pela sustentabilidade de um capitalismo consciente, se possível ele for, Occupy My Blogger e proteste como quiser.


7 de dez. de 2011

Pelo direito de uma vida público-privada



Quero falar do que convencionei chamar: “a covardia dasempresas que vasculham nossa vida público-privada”; e acreditam estar fazendo omelhor para a empresa, na verdade estão contratando humanos mascarados. Pessoasque perderam a liberdade dentro dos próprios perfis pessoais, prevendo a censuraque sofrerão quando forem submetidas à ditadura do RH de quem paga os salários.

Para não perderem o emprego que almejam se previnem, noentanto, por dentro continuam os mesmos de sempre, e em breve, muito em breve,as máscaras cairão e o que não foi dito em público nas redes, será dito àsocultas nos corredores. Interessante como querem a todo custo tolher aexpressão espontânea. É como se fossemos a um barzinho ou arquibancada deestádio (uma rede social não virtual de pessoas) e não pudéssemos gritar umpalavrão ou falar uma opinião contrária à de alguma autoridade. Quantahipocrisia e ingenuidade pensarem que eu não vou falar ou não penso de formacrítica, só porque não falo publicamente nas redes.

Pena que os colaboradores não possuam tanta importância nahora de dividir os bens financeiros da empresa, nestas horas, nossa imagem já nãosignifica muita coisa para seus cálculos. Eu até entendo que ao comunicar nasredes podemos expor fraquezas empresariais perigosas para o desenvolvimento dainstituição, e entendo também, que ser exposto negativamente não interessa aninguém, nem mesmo a nós, meras pessoas físicas mortais. Mas o que querem? Ailusão de que sempre acertam e falaremos bem deles?

O que faremos? Deixaremos de ser nós mesmos e abriremosperfis pessoais para ficar com “cuidadinho de fantoche” sobre o que vamos falar,senão vem “alguém” da empresa e nos manda embora, ou não nos contrata? Ou vamosfalar espontaneamente o que pensamos desde que já não estejamos mais em horáriode trabalho, o que teoricamente não implicaria mais em responsabilidade diretacom a imagem da empresa?

E a empresa o que vai fazer? Continuar na pretensão de pressionar que coloquemos nas postagens o quequerem que os colaboradores aparentem ser? Ou vão corajosamente utilizar ascríticas e repensar a conduta, fazendo o que deve ser feito para cumprir com aprópria promessa, ou seja, colocar o consumidor como mais importante do seuesquema de negócios? E neste caso, lembremos que o colaborador também é umpotencial consumidor.

Uma empresa que impede os comentários negativos ou pune seusfuncionários por isso, se apresenta aos consumidores na carapuça dopseudo-sucesso, ao contrário de que uma empresa que permite a convivência mútuados prós e contras sobre si, mostra sua verdade em público e permite que oconsumidor livre e democraticamente, tenha sua própria opinião semconstrangimento ou restrição de informações.


5 de dez. de 2011

Viver para pagar o que foi vivido



Este é o mérito daqueles que embarcam em alguma viagem sem volta. E a viagem sem volta, cobra suas prestações para sempre, invariavelmente. Há quem diga: “a viagem sem volta é a própria vida com seu anexo sofrimento no caminho rumo à morte”, que, aliás, ninguém escapa; sinceramente acho esta visão meio deprê, mas...

Bom, no entanto, não podemos ignorar um monte de alegrias que nos surpreendem a cada dia, ou a cada um pouco mais de dias, e, em certo sentido, não só equilibram, mas superam as experiências negativas. Não é mesmo? Acredite!

A viagem sem volta é a que escolhemos fazer para sair da chamada, vida normal. Quando se decide por ela é preciso romper com a normalidade, meio que padronizada (estereotipada) pela sociedade, e ingressar, no arriscado sistema de obtenção de prazer com possíveis consequências drásticas. Já ouviu dizer que quando um motorista causa um acidente por dirigir bêbado, ele assume o risco de matar? Pronto, mais ou menos isso.

É bem verdade que no primeiro momento da viagem, não há nenhum indício de que o destino presumido será uma conta eterna a pagar, a não ser quando ela cobra a própria vida, ainda nos primeiros “pontos turísticos” ou estágios do percurso. Fica bem chamar isto de: “a tragédia da viagem sem volta”.

Muitos se sentem assim! Pagando aparentemente sem dever, mas sem dúvida nenhuma, pagando até morrer. Engraçado! No meu caso, desejei recuperar um bem que havia feito parte da minha vida, de repente percebi que não o teria mais, afinal, eu fiz há muito tempo minha viagem sem volta, e mesmo que para muitos eu tenha voltado, sei que não voltei inteiro, pois a maravilhosa “coisa” que desejei, foi a prestação que paguei; e minha vida ficaria para sempre sem.

Muitas escolhas na vida nos levam a uma viagem sem volta. Aprendi que nossa liberdade pode chegar ao extremo, conquistando uma autonomia às vezes indesejada, o ser humano tem o poder de tomar decisões que duram para sempre, pelo menos em suas consequências, mas com certeza, se pudesse prever o destino, jamais embarcaria em alguma viagem sem volta. A vida é assim, resultado da troca, escolhemos uma coisa que cobra por outra, porém, quando escolhemos algo que toma para sempre o que nos completa, já sabemos que este é o destino final de uma viagem sem volta.

Qual foi a sua?


Um senhor arrependido



Quando li um texto, supostamente escrito por um senhor, que no fim da sua vida dizia estar arrependido das coisas que não havia feito, discordei totalmente. Existe realmente um grande número de coisas boas que deixamos de fazer na vida, como por exemplo: benefícios maiores às pessoas que convivem conosco, ou pelo menos mais frequentes, entre outros. Porém, neste caso, o senhor em questão, reclamava a ausência de experiências “radicais” e extravagantes, como pular de um penhasco dentro da lagoa e outras aventuras parecidas, algumas até mesmo ilícitas.

Em suma, ele lamentava o fato de não ter arriscado mais a sua vida em tais experiências, entendo que sentir-se assim, tem lá o seu sentido, mas o que tenho a dizer é exatamente o contrário. Ainda não sou velho, e no meu caso, presumo que me arrependerei de ter feito tudo que pôs minha vida em risco, porque mesmo que tudo que fiz não tenha levado minha vida embora, levou algumas coisas sem as quais viver não tem mais tanto sentido e recuperar é extremamente difícil.

Claro que agora a mais radical aventura que tenho é recuperar sentido, reinventar motivos e me alegrar com a aceitação voluntária dos resultados de minhas escolhas – sim – arriscar a vida dá uma considerável experiência, mas concede bem menos paz – Paz – que este senhor alcançou e esqueceu de valorizar na análise da sua história de vida.


Piada pronta


(Inspirado by José Simão)


Escutei um fato que ficou como piada pronta para ser contada. Depois de um destes discursos internacionais – quiça norte-americano – que nem tive vontade de procurar detalhes, mas quando você ler aí embaixo, vai poder confirmar que realmente estes pronunciamentos existem e dispensam maiores explicações.

Segue o que foi dito no douto discurso diplomático: “As tropas armadas no Oriente Médio e os eventuais conflitos dos exércitos divergentes são para promover a Paz.” Bom, vamos começar por aqui: usar a guerra para fazer paz é como fazer sexo para permanecer virgem. Em suma, quod est absurdum, falei assim para não ter dúvida – isto é um absurdo!

Mas há quem acredite que tudo é em prol do bem dos povos ou das pretensas nações un...

Com certeza alguém tem ganhado com isso e tenho certeza também que não é você nem sou eu, pois a guerra é sempre guerra e conflito armado a mesma coisa e vice-versa, e não se mude isso com teorias insustentáveis. Não sou historiador nem perito político, mas que fica engraçado ir para guerra e falar que está indo fazer altruísmo, ah, isso é realmente engraçado, claro, somente ri, os que não morreram por lá.

Paz! Cadê? Tai! Em você.


É tempo de relacionamento!



Porque ainda impera a competição?

O relacionamento é o que tá pegando, isso é o que se ouve nos quatro cantos do mundo pela boca dos antenados que, aliás, quase sempre aparecem falando, apoiados em certa relevância e fama, que os tornam pessoas “dignas” de serem ouvidas. Mas no fundo o que impera ainda é a competição, a disputa de quem não quer favorecer ninguém, daquele que acredita que ajudar é sinal de fraqueza, o melhor é derrubar o pequeno para que cresça ainda mais o grande.

Ou você não vê isso no seu dia a dia, inclusive entre os tais antenados de plantão e sustentáveis por opção? Vamos, fale! Você vê mais pessoas querendo te ouvir e valorizar suas idéias, ou pessoas querendo vender e se aproveitar da oportunidade que você é para elas? E ainda, você vê empresas grandes colaborando, ou seja, se relacionando bem com as pequenas, ou você vê as pequenas sendo engolidas pelas grandes.

Vamos ser sinceros e parar de balela, quem quer relacionamento não pode privilegiar a competição, porque exceto no esporte – mas as vezes até mesmo nele – a competição gera a exclusão do mais fraco. E para que ninguém confunda, eu estou falando de competição e não de concorrência, o que é sempre sadia.


Tenho que falar!



O que será destas pessoas que vivem de postar, serem comentadas ou que às vezes apenas assistem o que foi postado? Inclusive as que trabalham com isso e precisam passar o dia inteiro monitorando e abastecendo suas (da empresa) páginas profissionais. Não raramente estas páginas são menos atendidas que seus próprios perfis pessoais em horário de trabalho. O que será destas pessoas? Eu sou uma prova deste descompasso, tenho que falar a verdade, e por isso, mudo a pergunta para: O que será de nós, de você e eu, presos nesta rede aqui, sem conseguir respirar?

A expectativa é que tenhamos reconhecimento pela nossa navegação fluente? Como quem diz: eu “navego” fluentemente (como um peixe) no “mar” da mídia social com “redes” de linguagem própria. Ou a expectativa é que tenhamos nossa imagem propagada perpetuamente na lembrança de todos, e, sobretudo, diante dos olhos de nossos consumidores? Há quem diga que a real intenção é manter vivo o círculo de amigos e os momentos felizes que vivemos com as pessoas, ver e atualizar os conhecimentos diariamente, o dia inteiro, também é uma versão da justificativa, do dito fulano antenado em tempo real. Enfim, há sempre o que dizer, para dizer que quer ficar e não vai sair –  ou não consegue?

A rede o pescou para de ti alimentar alguém² – desculpe o teor da comparação – mas estamos em um momento crucial e não sabemos o destino da embarcação, ou o desenrolar das coisas; percebemos pessoas desorientadas, perdendo o tempo que não queriam perder – ou não poderiam perder – com custo considerável de reputação, isolamento e depreciação social – paradoxo – as redes sociais desocializam! É sempre assim?! Acredito que não!?

Os de hoje se dedicam às redes, tanto quanto no passado alguns se dedicaram às artes nas mais variadas formas de expressão do sentimento próprio e alheio, seja no campo da música (sobretudo clássica), literatura, escultura, pintura, arquitetura e até mesmo na arte da navegação. Bom, em todas estas formas de expressão comunicativa, ouve quem se dedicasse em tempo integral, alguns até beirar à insanidade, porém, deste esforço, colheram muitos frutos e nós mesmos, ainda hoje, colhemos frutos destas fontes imortais como, Villa Lobos, Machado de Assis, Aleijadinho, Portinari, etc, enquanto outros, no mesmo caminho, apenas perderam o seu tempo e passaram despercebidos.

Então me dirão: que comparação absurda esta! Concordo. E digo mais, rede social não é arte para ser comparada com música, pintura, escultura... Mas quando falamos de expressão de comunicação, e, em certo sentido, comunicação é arte de expressão por meio da linguagem, aí sim, se pode entender onde está o foco da minha argumentação. Definitivamente, dado as crescentes oportunidades das redes sociais – que cada vez pescam mais gente – os que não estiverem perdendo tempo e conseguirem aproveitar com equilíbrio todo o aprendizado possível desta nova forma de comunicação social e de linguagem própria, estes sim, serão os destaques do presente, futuramente perpetuados em nossa lembrança, tal qual, qualquer outro que citei acima.


Qual o valor que estabelece o que é corrupção?



Significado da palavra corrupção: Corrupção significa etimologicamente deterioração, quebra de um estado funcional e organizado.

Quando se ouve a notícia de que um político roubou, ou desviou uma determinada verba que originalmente estaria destinada a este ou àquele fim público, logo nos enchemos de ira – apesar de não sair disso – e nos damos logo a espraguejar o “dito-cujo” sem dó nem piedade. Então, quer dizer que neste processo devemos ter dó e piedade deste ladrão? Não!

Quero dizer, que aquele que toma esta atitude de protestar, deve ter uma reputação coerente com seu protesto, ou pelo menos ter se regenerado de situação semelhante, mesmo que ele não tenha custado tanto aos cofres públicos, ou até mesmo não tenha custado nada a ninguém. Tem mais haver com conduta de valor do que com valor de permuta. Será que roubar ou desviar 1 milhão – quem dera fosse só isso – é diferente do ato de quem rouba ou desvia 10 reais? Mais que isso, a pergunta mesmo é: Será que quem desvia ou rouba 10 reais para bem pessoal em detrimento do bem alheio, é menos ou mais ladrão, menos ou mais corrupto? E ainda: Será que quem pratica esta atitude e ao mesmo tempo fala mal de quem a faz com maiores valores, se estivesse na condição daquele, por ele dito ladrão, não estaria desviando e roubando a mesma quantia?

A partir de que valor se caracteriza um ladrão; quanto deve ser o desvio para constituir corrupção? Qual a diferença entre sonegar imposto de pessoa física e de pessoa jurídica? Qual a diferença entre roubar do povo ou roubar de alguém? Claro! Obvio, que a solução não é deixar de falar mal e protestar contra os políticos que fazem isso, afinal, eles foram eleitos como modelos, mas a solução objetiva é começar a plantar uma nova semente, diferente da que nesta terra nasceu desde os primórdios do seu pseudo-descobrimento e esperar, que com o tempo, germine consciência nova que outorgue poder autorizado para que se proteste contra o sujo, sem ser um mal-lavado.