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5 de dez. de 2011

Tenho que falar!



O que será destas pessoas que vivem de postar, serem comentadas ou que às vezes apenas assistem o que foi postado? Inclusive as que trabalham com isso e precisam passar o dia inteiro monitorando e abastecendo suas (da empresa) páginas profissionais. Não raramente estas páginas são menos atendidas que seus próprios perfis pessoais em horário de trabalho. O que será destas pessoas? Eu sou uma prova deste descompasso, tenho que falar a verdade, e por isso, mudo a pergunta para: O que será de nós, de você e eu, presos nesta rede aqui, sem conseguir respirar?

A expectativa é que tenhamos reconhecimento pela nossa navegação fluente? Como quem diz: eu “navego” fluentemente (como um peixe) no “mar” da mídia social com “redes” de linguagem própria. Ou a expectativa é que tenhamos nossa imagem propagada perpetuamente na lembrança de todos, e, sobretudo, diante dos olhos de nossos consumidores? Há quem diga que a real intenção é manter vivo o círculo de amigos e os momentos felizes que vivemos com as pessoas, ver e atualizar os conhecimentos diariamente, o dia inteiro, também é uma versão da justificativa, do dito fulano antenado em tempo real. Enfim, há sempre o que dizer, para dizer que quer ficar e não vai sair –  ou não consegue?

A rede o pescou para de ti alimentar alguém² – desculpe o teor da comparação – mas estamos em um momento crucial e não sabemos o destino da embarcação, ou o desenrolar das coisas; percebemos pessoas desorientadas, perdendo o tempo que não queriam perder – ou não poderiam perder – com custo considerável de reputação, isolamento e depreciação social – paradoxo – as redes sociais desocializam! É sempre assim?! Acredito que não!?

Os de hoje se dedicam às redes, tanto quanto no passado alguns se dedicaram às artes nas mais variadas formas de expressão do sentimento próprio e alheio, seja no campo da música (sobretudo clássica), literatura, escultura, pintura, arquitetura e até mesmo na arte da navegação. Bom, em todas estas formas de expressão comunicativa, ouve quem se dedicasse em tempo integral, alguns até beirar à insanidade, porém, deste esforço, colheram muitos frutos e nós mesmos, ainda hoje, colhemos frutos destas fontes imortais como, Villa Lobos, Machado de Assis, Aleijadinho, Portinari, etc, enquanto outros, no mesmo caminho, apenas perderam o seu tempo e passaram despercebidos.

Então me dirão: que comparação absurda esta! Concordo. E digo mais, rede social não é arte para ser comparada com música, pintura, escultura... Mas quando falamos de expressão de comunicação, e, em certo sentido, comunicação é arte de expressão por meio da linguagem, aí sim, se pode entender onde está o foco da minha argumentação. Definitivamente, dado as crescentes oportunidades das redes sociais – que cada vez pescam mais gente – os que não estiverem perdendo tempo e conseguirem aproveitar com equilíbrio todo o aprendizado possível desta nova forma de comunicação social e de linguagem própria, estes sim, serão os destaques do presente, futuramente perpetuados em nossa lembrança, tal qual, qualquer outro que citei acima.


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