O que será destas pessoas que vivem de postar, serem
comentadas ou que às vezes apenas assistem o que foi postado? Inclusive as que
trabalham com isso e precisam passar o dia inteiro monitorando e abastecendo
suas (da empresa) páginas profissionais. Não raramente estas páginas são menos
atendidas que seus próprios perfis pessoais em horário de trabalho. O que será
destas pessoas? Eu sou uma prova deste descompasso, tenho que falar a verdade,
e por isso, mudo a pergunta para: O que será de nós, de você e eu, presos nesta
rede aqui, sem conseguir respirar?
A expectativa é que tenhamos reconhecimento pela nossa
navegação fluente? Como quem diz: eu “navego” fluentemente (como um peixe) no “mar”
da mídia social com “redes” de linguagem própria. Ou a expectativa é que
tenhamos nossa imagem propagada perpetuamente na lembrança de todos, e,
sobretudo, diante dos olhos de nossos consumidores? Há quem diga que a real
intenção é manter vivo o círculo de amigos e os momentos felizes que vivemos
com as pessoas, ver e atualizar os conhecimentos diariamente, o dia inteiro,
também é uma versão da justificativa, do dito fulano antenado em tempo real.
Enfim, há sempre o que dizer, para dizer que quer ficar e não vai sair – ou não consegue?
A rede o pescou para de ti alimentar alguém² – desculpe o
teor da comparação – mas estamos em um momento crucial e não sabemos o destino
da embarcação, ou o desenrolar das coisas; percebemos pessoas desorientadas, perdendo
o tempo que não queriam perder – ou não poderiam perder – com custo
considerável de reputação, isolamento e depreciação social – paradoxo – as
redes sociais desocializam! É sempre assim?! Acredito que não!?
Os de hoje se dedicam às redes, tanto quanto no passado
alguns se dedicaram às artes nas mais variadas formas de expressão do
sentimento próprio e alheio, seja no campo da música (sobretudo clássica),
literatura, escultura, pintura, arquitetura e até mesmo na arte da navegação. Bom,
em todas estas formas de expressão comunicativa, ouve quem se dedicasse em
tempo integral, alguns até beirar à insanidade, porém, deste esforço, colheram
muitos frutos e nós mesmos, ainda hoje, colhemos frutos destas fontes imortais
como, Villa Lobos, Machado de Assis, Aleijadinho, Portinari, etc, enquanto outros,
no mesmo caminho, apenas perderam o seu tempo e passaram despercebidos.
Então me dirão: que comparação absurda esta! Concordo. E
digo mais, rede social não é arte para ser comparada com música, pintura,
escultura... Mas quando falamos de expressão de comunicação, e, em certo
sentido, comunicação é arte de expressão por meio da linguagem, aí sim, se pode
entender onde está o foco da minha argumentação. Definitivamente, dado as
crescentes oportunidades das redes sociais – que cada vez pescam mais gente –
os que não estiverem perdendo tempo e conseguirem aproveitar com equilíbrio todo
o aprendizado possível desta nova forma de comunicação social e de linguagem
própria, estes sim, serão os destaques do presente, futuramente perpetuados em
nossa lembrança, tal qual, qualquer outro que citei acima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sugiro que você coloque o seu nome para eventuais respostas de comentários.